Hoje vamos falar sobre a dúvida – Arduino ou Raspberry Pi: qual escolher? A tecnologia embarcada cresce cada vez mais. Seja se tratando de robótica, automação ou eletrônica geral, os projetos são inúmeros. Sendo assim, plataformas como Arduino, Raspberry e também a ESP surgem como uma maneira para facilitar nossas invenções, ou seja, trazem ferramentas intuitivas para auxiliar os projetos. Nesse artigo, veremos mais sobre as famílias Arduino e Raspberry Pi, mostrando qual a melhor escolha para cada aplicação.
Dessa forma, um dos motivos do sucesso dessas plataformas foi o fato de que elas surgiram justamente para tornar o aprendizado mais acessível. Apesar de terem sido lançadas em anos diferentes – Arduino em 2005 e Raspberry Pi em 2012 – ambas as placas tinham por objetivo inicial auxiliar na área educacional. Assim, foi possível prender o interesse de estudantes de robótica, programação e eletrônica. Isso significa que, antes de partir direto para projetos de maior grau de dificuldade, temos as placas de prototipagem, trazendo uma maneira mais integrada e simples para a criação de hardware e software.
Entretanto, não se engane! Essas placas podem servir para criação de circuitos simples até os mais robustos. Pode-se encontrá-las até mesmo no campo industrial. Em seguida, veremos mais datalhes sobre cada uma delas separadamente.
Sumário
Arduino
Assim como dito anteriormente, o primeiro Arduino surgiu em 2005 e após isso, não parou mais. São muitas as variações dessa placa encontradas no mercado: Uno, Mega, Nano, Leonardo. Certamente, pra cada uma delas, existe um tipo de aplicação. Focaremos no principal e mais utilizado: Arduino Uno.
O principal componente dessa placa é o microcontrolador ATMega328P de 8 bits. Sendo assim, dentre os recursos do Arduino temos: 14 portas GPIO (Entradas/Saídas de uso Geral), ou seja, 14 pinos que podem ser usados como entrada ou saídas. Portanto, você pode utilizar as entradas para a leitura de sensores ou do estado de um botão, e a saída para o acionamento de LEDs, motores, relés.
Além disso, a placa conta também com 6 entradas analógicas. Você pode usá-las com sensores como o de temperatura, pressão e umidade. Diferente das entradas digitais que assumem somente dois estados (ligado e desligado), as analógicas permitem a leitura de grandezas que variam continuamente. O Arduino possui, ainda, 6 GPIOs que geram sinais PWM (Modulação por Largura de Pulso).
Dessa forma, o Arduino Uno possui uma velocidade de Clock de 16MHz. Sua alimentação pode ser feita via cabo USB ou pelo conector Jack. A tensão de alimentação que se recomenda é de 7 a 12V e a tensão de operação da placa é de 5V.
Por fim, outro ponto importante a se destacar sobre o Arduino é o uso da Shields. Shields são placas que funcionam como extensões para serem acopladas ao Arduino. Existem shields para controle de motores, para conexão Ethernet, shield multifunção e diversas outras.
Em seguida, vamos conhecer melhor a Raspberry.
Raspberry Pi
O Arduino, como visto, é uma placa microcontrolada. Isso significa que existe um componente chamado microcontrolador que funciona como o “cérebro” da placa. Por outro lado, temos a Raspberry, que funciona com um processador, ou seja, a placa é um microprocessador. Para melhor explicar, podemos dizer que um microcontrolador é um chip que serve para tarefas específicas. Se você mandar instruções para ele controlar a temperatura ambiente através dos sensores e atuadores conectados, é somente isso que ele fará.
Já no caso de um microprocessador, ele é o núcleo de um sistema de computador. Portanto, pode realizar diversas tarefas e não somente uma em específico que foi programada. Dessa forma, temos que a Raspberry Pi trabalha como um computador. Você pode colocar um cartão microSD, conectar a um cabo de rede, áudio e vídeo. Normalmente, os sistemas operacionais das placas Raspberry se baseiam no Linux.
O principal modelo desse minicomputador de baixo custo tem um processador ARM Cortex-A7 de 900MHz e 1GB de memória RAM. Não é à toa que muita gente usa essa placa para criação de computadores caseiros e até mesmo no desenvolvimento de videogames retrô. Entretanto, a fundação Raspberry Pi resolveu inovar esse ano, trazendo a primeira placa microcontrolada da família: Raspberry Pi Pico.
Arduino ou Raspberry Pi: qual escolher?
Por fim, qual placa utilizar? Se você precisa realizar uma tarefa específica, por exemplo, controle de umidade, uma automação residencial, acionamento de um portão, controle de LEDs. Algo que necessite de sensores para uma determinada função, utilize o Arduino. Lembrando, ainda, que é uma placa de prototipagem. Logo, recomenda-se usar ela para testes iniciais e montagem de um protótipo.
No Arduino é possível programar em linguagem C/C++, já em uma Raspberry, envolve-se todo um processo de instalar e configuras um sistema operacional. Portanto, para escolher a placa mais adequada ao seu projeto, considere o grau de dificuldade. Existe a necessidade de um software robusto ou se trata de lógicas mais simples? Lembre-se que a Raspberry é um computador completo, se você quer executar diversas tarefas ou cálculos complexos utilize ela.
Ainda assim, outro ponto a se tomar cuidado é que a Raspberry opera em níveis de tensão e corrente menores que o Arduino.
Esperamos que esse artigo tenha lhe ajudado! Arduino ou Raspberry Pi: qual escolher? Deixe nos comentários sua opinião.
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